No último dia 17.04.2010, no período da manhã, participei da Assembléia Geral de Fundação da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z-50 – São José da Lagoa Tapada – PB, reunião convocada pelo presidente da Associação dos Pescadores Profissionais do citado município, atendendo aos anseios de muitos pescadores locais que há muito lutam pela criação da citada entidade, para fortalecimento da categoria e conseqüente melhoria da atividade pesqueira no município.
Vi na face de muitos o brilho nos olhos, um sorriso fácil, cheio de esperança pois a criação da Colônia de Pescadores é um grande anseio de quem realmente trabalha e vive da pesca, de quem deseja melhorar de vida e viver com dignidade e honestidade, do suor do próprio trabalho, tirando da natureza o seu sustento, sem contudo agredi-la.
Vi, também, rostos apreensivos, incrédulos, homens e mulheres acorrentados como no "Mito da Caverna", do sempre atual filósofo Plantão. Eram pessoas prisioneiras das próprias fraquezas; prisioneiras da ignorância, da ganância, da cultura de se levar "vantagem" em tudo e acima de tudo, prisioneiras, enfim, de um mundo pequeno, mesquinho.
Fiquei me perguntando se todo aquele trabalho, se todo aquele tempo seria perdido, seria em vão. Acho que não. Nada na vida é por acaso. Tudo tem um sentido, uma razão de ser, de acontecer. As mudanças são lentas, e é preciso que assim seja, para que todos possam assimilar e distinguir o melhor caminho.
O primeiro passo foi dado: um dos prisioneiros decidiu ver a luz, outros o acompanharam; a Colônia foi fundada. Espero que os homens e mulheres de minha cidade possam buscar sempre o bem comum, o bem de todos; que possam se orgulhar de serem honestos e virtuosos e não "pescadores de ilusões"!
Carlos Eduardo R. de Moura.
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